Teste

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Boipeba - 2º dia

2º dia em Boipeba, acordamos cedo (nem tanto já que estamos de férias) para poder aproveitar o dia. E para nossa surpresa, estava uma manhã linda de sol. O dia prometia ser de sol sem chuva, infelizmente assim como os políticos, apenas prometia. Aproveitei para tirar umas fotos da pousada que é bastante arborizada.




Fomos então para frente da pousada, que é o local aonde é servido o café da manhã, para nos abastecer-nos. A idéia é comer bastante para que a fome do almoço só chegasse bem tarde. Chegando lá confirmamos uma desconfiança nossa. Eu e Cris éramos os únicos hospedes da pousada. Só aviam duas mesas prontas para o café, a nossa e a do dono da pousada. Eu achei que o café era no esquema “você que se service”, mas na verdade uma mesa foi arrumada só para gente. Eu quando bati o olho achei que não ia dar para os dois, mas na verdade era só olho grosso, o café deu e sobrou. Não tinha nada demais, mas estava ótimo. Rolou café, leite, suco, iogurte, pão, geléias, bolo, queijo, ovo e frutas. Detalhe, o local do café era em frente ao mar.



Enquanto íamos tomando café e batendo papo com o dono da pousada o tempo ia piorando. Quando terminamos o café o tempo já estava “meio-beto, meio-jamaica”. Entramos para arrumas as coisas e sair para a praia, mas ai não deu outra São Pedro aprontou novamente, e a chuva caiu outra vez. Uma coisa interessante que eu descobri quando se chove é que os passarinhos daqui têm capa de chuva, porque não é possível, chovendo para caramba lá fora e uns 4 ou 5 passarinhos brincando na chuva. Pulavam para um lado, pulavam para o outro, subiam nos galhos, desciam de novo, um inclusive estava recolhendo graveto para o seu ninho. Tinha um até que eu acho que tava dando risada de minha cara. Ele chegava perto de mim, me olhava e sai voando e cantando. E o otário aqui preso no quarto.



Eu fiquei ali na rede vendo os passarinhos brincando, ouvindo Pitty e esperando a chuva passar.



A chuva “passou” e decidimos sair. Através do nosso velho mapinha e algumas informações do dono da pousada resolvemos seguir novamente meu infalível GPS interno e atravessar uma trilha para chegar à praia de Moreré. Provavelmente isso não daria certo, mas iríamos tentar assim mesmo. Nem chegamos à trilha e um siri mordeu meu pé. Eu estava ali andando e observando o mar quando pisei no maldito e ele mordeu a sola do meu pé. Nunca pensei que mordida de siri doesse tanto. E eu dando pinote de dor sem saber o que tinha furado o meu pé e Cris ali parada dando risada de minha cara e dizendo: Foi um siri, você não viu não? Calcei minha sandália e seguimos sendo que agora eu estava bem mais cauteloso ao pisar. Chegamos então à entrada do inicio da trilha.



A trilha, segundo informações, durava 5min, mas já estavamos andando há uns 15min e nada de acabara trilha. Detalhe que a trilha não era “muito gatinha” e nem muito agradável por causa da chuva.



Depois de muito andar a trilha chegou ao fim e desembocou numa praia que eu não fazia a mínima idéia de qual era. Depois eu achei uma paquinha e descobri que ali era a Prainha. A praia era minúscula e tinha mais pedras do que areia. Para meu desespero a trilha ainda continuava logo ali no final da praia.




Depois de muito andar pela trilha chegamos a outra praia. E tome-lhe a andar pela praia. Chagávamos numa ponta da praia e tinha mais um monte de praia pela frente. Eu acho que ali era a praia de Tassimirim.



Andamos mais ainda, foi ai que avistamos nossa esperança. Um guri que andava no sentido contraria e eu, é claro, resolvi pedir informações para saber se faltava muito para chegar lá em Moreré. Descobri então que o rio entre Moreré e Cuera estava cheio, o que impedia a travessia. Tanta andança por nada.
Mas nem tudo estava perdido! Descobri também, para minha alegria, que o guri era guia de Boipeba e estava voltando para uma pousada ao lado da nossa. Vislumbrei ali uma oportunidade. Ganharia um “passeio” de graça de volta para minha pousada já que o guia também iria para lá. Tratei então de recolher o máximo de informações possíveis sobre a ilha e os passeios, o que confesso não foi muito difícil, já que o Erique (guri/guia) gostava de falar pra caramba.
Descobri com o guia que a casa que existe em frente à praia da Boca da Barra é, segundo o Erique, de um dos sócios da Ferrari. Um tal de Fábio Perini. Erique disse também que o cara era tio dele, deu uma Ferrari para ele, e eles fizeram uma aposta entre uma Ferrari e uma lancha para ver quem ganhava. Percebi então que o Erique gostava de contar umas cuiúdas. Ficamos nos divertindo na praia de Boca da Barra onde fica nossa pousada, e o Erique seguiu seu caminho.


Quando a fome finalmente bateu voltamos para o quarto e tomamos banho para ir comer algo na vila.

Paramos na Pizzaria, Sorveteria e Pousada Estrela do Mar. Assim como a maioria dos estabelecimentos e pousadas esse também estava fazia. Eu achei que por estar vazia a pizza sairia rapidinho, mas não foi bem assim.



Os segundos pareciam horas e os minutos pareciam dias. Provavelmente foi porque eu fiquei a manhã toda na praia e a fome já estava em níveis preocupantes. Eu já estava azul de fome apesar de meu relógio revelar que não haviam se passados tantos minutos assim. Mas valeu pena, a pizza estava ótima.



Reabastecidos, caminhamos pela praia com o mar vazando e aproveitamos um belo final de tarde.


À noite Cris queria porque queria tomar um sorvete então resolvemos voltar à vila em busca de uma sorveteria. Como as praia não são bem iluminadas, não dava para enxergar PN. A lua não tava resolvendo muito, e estava realmente um brêu lá fora.



Na vila passamos por uma sorveteria e eu disse para pararmos logo nessa, já que eu não queria andar muito. Mas Cris disse que tinha visto uma mais bonitinha mais cedo. E eu fui reclamando: Tomara que lá esteja fechado, ou o sorvete seja pior!!! Mas pela primeira vez em toda a viagem Cris estava certa. O sorvete do outro local era uma delicia. Paramos no Kê-Bueno – Creperia, sorveteria, sanduicheria e cafeteria.
Pense num sorvete gostos. Fiz uma mistura então que ficou uma delicia. Peguei um Trio legal – 3 bolas de sorvete, creme chantilly, bolinhas de chocolate e cobertura. Nos sabores Big Sunday (Baunilha com amendoim), Torta Alemã (chocolate branco, cereais e pedaços de chocolate) e Pavê (chocolate, baunilha e biscoito). Não sei de onde é esse sorvete, com certeza não é da Ribeira, mas que era bom ah isso era!



Terminamos o dia assistindo Casseta e Planeta e Toma Lá Dá Cá rezando que fizesse sol no próximo dia para pegarmos um passeio até as piscinas naturais e Moreré indo de barco, é claro!!!

Boipeba - 1º dia - A ida : 2º dia : 3º dia : 4º dia - A volta

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Boipeba - 1º dia - A ida

Então... Férias, finalmente férias. Eu não queria sair não, mas a empresa queria porque queria que eu saísse, fazer o que !?!?! Disseram que eu já estava com férias vencidas, que estava chegando ao mês limite, e que porque tôtô porque virou, então eu sai. Mas como eu sou brasileiro e não desisto nunca pedi só 20 dias só para não dar o braço a torcer. Mas, no final das contas mudei de idéias e vou usar uns dias que eu tenho de horas na casa e vou ficar 30 dias mesmo.

Pela 1ª vez em anos eu e Cris conseguimos tirar férias juntos. Então juntos a merreca do dinheiro das férias e resolvemos viajar para Boipeba e Lençois. Eu queria ser pobre uma vez só na vida, porque ser pobre todo dia é fogo! Gente rica é outra coisa, quando quer viajar vai e viaja, cabô. Não precisa ficar esperando férias ou feriadão, fora que não precisa ficar contando os centavos e apertando daqui e ali para poder viajar.

Pois bem, planejei as férias com pelo menos um mês de antecedência, fiz até uma tabelinha com os valores que iríamos receber e os gastos. Basicamente era:
(dinheiro das férias + salário) – dívidas = meréca para viajar.
E o pior, a meréca para viajar tinha que ser igual (despesas diárias x dias das viagens) + os imprevistos.

Resultado, não ia sobrar um puto do dinheiro das férias para outro coisa qualquer, e ainda corria o risco de o que tínhamos não desse para tudo porque tirando as passagem e as diárias das pousadas eu não tinha a mínima idéia de quanto realmente iríamos gastar. Quase tudo foi na base de chutômetro ou por informações das pousadas.

Mas o que mais me preocupava não era o dinheiro, porque como Cris sempre me diz: “Certas coisas não têm preço. Para todas as outras existe Mastercard.” O que me preocupava mesmo era o tempo. Ah, esse sim era preocupante! Uns 15 dias antes da viagem e já tava de olho colado no Climatempo e no Tempo Agora. Eu não confio muito em previsão do tempo não, mas não custava nada dar uma olhadinha. Eu acho que esses meteorologistas não sabem é de nada. Antes de minhas férias eu estava me arrumando para ir trabalhar e a previsão do BA TV dizia que iria fazer sol durante o dia todo e a noite iria chover. Olho para a janela e ta o maior pé d água lá fora. Dos dois um: ou esses caras não sabem PN de previsão, ou meu relógio tava muito atrasado!

Chegando perto da viagem a previsão dizia que durante o período da que viajaríamos para Boipeba o tempo estaria parcialmente nublado. Beleza então, agente ia para a parte da praia que estivesse parcialmente com sol que tava tudo certo. Mas não era bem assim, na quinta-feira antes da viagem choveu para caramba em Salvador. A cidade parou novamente e virou um caos! Cris coitada, saiu para trabalhar as 7h pensando que iria conseguir chegar as 8h, ledo engano, me ligou do trabalho já era umas 13h quando tinha acabado de chegar. Só na Bonocô o ônibus dela ficou parado mais de 2hs sem se mexer.



Mas vamos ao que interessa. Acordamos cedo na segunda-feira, bem mais do que eu gostaria, e fomo meios que na louca viajar porque não compramos antecipadamente as passagens do Ferry Boat, ônibus para Valença ou transporte para Boipeba. Só tínhamos a pousada reservada. Deixe-me antecipar como será nosso martírio:
- 45min de Ferry Salvador/Bom Despacho
- 01h30min de ônibus Bom Despacho/Valença
- 1h de ônibus Valença/Torrinha
- 1h de barco Torrinha/Boipeba
Se tudo desse certo sairíamos de Salvador às 7h e chegaríamos a Boipeba às 11h. Mas não somos tão sortudos assim, e eu não sou tão bom em calcular tempo de viagem quanto eu pensei que era. Mas é isso mesmo, todo castigo para pobre é pouco. Se eu fosse rico, pegava um avião até Morro de São Paulo, 20min eu tava lá, depois uma lancha rápida de mais uns 20min e eu já estava em Boipeba. Se bobeasse ainda pegava o café da manhã na pousada! Mas como pobre tem que se fu%*# mesmo lá vamos nós pelo meio “econômico”.

O resumo da opera foi mais ou menos assim:
- Ferry Salvador/Bom Despacho – 1h - R$ 3,35
- Ônibus Bom Despacho/Valença – 1:30h - R$ 11,65
Táxi Rodoviária/Atracadouro em Valença – menos de 5min – R$ 7,00
- Lancha Rápida Valença/Boipeba - 1h - R$ 30,00
* Preços individuais

Depois de muito chacoalhar muito no Ferry e na lancha já que o tempo não ta muito amigável conseguimos chegar nesse esquema ai às 12h em Boipeba, sendo que peguemos o Ferry as 7:30h. Quando desembarcamos veio minha primeira preocupação: Porque não havia nenhum estabelecimento aberto? Descobrimos que era feriado na ilha. Que maravilha, aonde é que iríamos comer? A segunda coisa que eu me preocupei: Aonde é que fica a pousada? Eu não fazia a mínima idéia!!! No atracadouro tinha uma mapinha da ilha, catei a pousada e lá vamos nós achar ela.



Fomos seguindo pela praia para a direção que o mapa parecia indicar, pelo que eu vi a pousada era depois da primeira “esquina” da praia. E Cris reclamando: E se não for por aqui, e se for longe, e se agente já passou, para numa barraca pra perguntar? E eu sem querer dar o braço a torcer de que estava certo continuei. E não é que meus instintos primatas estavam realmente certos!!! Na praia da Boca da Barra estava a Pousada Luar das Águas.

Nós fomos recebidos por Sr. Robert e Dona Rose que nos levaram o nosso “apartamento superior”. Bem legal o quarto, pena que a internet não estava funcionando porque estava chovendo, e ela é por satélite. Deixamos as coisas no quarto e fomos para a praça principal a procura de algum lugar para comer. O tempo havia melhorado e podemos ver um pouco da beleza de Boipeba.



No atracadouro eu dei uma pescada no mapinha, medi com os dedos e percebi que a distancia para a praça era menos do que a distancia para a pousada. Ao chegar lá percebemos que alguns estabelecimentos estavam abertos. Fomos parar no Janaína Drink's Restaurante para almoçar. Descobrimos que lá também é uma pousada. Pedimos um vermelho frito. Cris não gostou muito da cara da comida, até no refrigerante ela achou defeito, disse que tomou no copo com a “boca pra dentro” (a dela,não a do copo), porque ela disse que nesses lugares não lavam a boca do copo direito. Eu que sou bicho, comi sem nem olha a cara.

Compramos umas coisas para comer a noite e voltamos para a pousada porque começou a chover. Resolvemos desarrumar as coisas e ficar o resto do dia por aqui mesmo porque também estávamos cansados, e rezando para amanhã amanhecer com sol.

Quando eu estiver com a internet normalizada (tô usando a docelular) eu postos mais fotos.


Boipeba - 1º dia - A ida : 2º dia : 3º dia : 4º dia - A volta